sexta-feira, 7 de agosto de 2009

E exatamente quando eu estava enlouquecido pela sua ausência, pior, pronto para espancá-la num acesso de fúria, ela aparecia sem falta. Linda, dócil, deliciosa nos meus braços, a encarnação de toda poesia, o rosto que eu pintaria incessantemente se fosse Rembrant, o corpo exato que o súcubo assumiria para me conquistar por inteiro para o demônio"...

Anne Rice ( A Hora das Bruxas, V1)

"Descobri-me olhando para ela em silêncio, mergulhando nos seus olhos azuis grandes e inocentes, e procurando não me deter na beleza do seu corpo jovem, nos seios perfeitamente modelados no vestido de algodão. Seu rosto nas sombras me parecia cheio de tristezas"

(Anne Rice, A Hora das Bruxas, V 2 )

Postagem dedicada aos meus queridos amigos que tem uma vida eterna em minha poesia obscura!!! Danila e Osmar.. esses fragmentos são para vocês!!!! Beijos Vampíricos!!!

...Imersa em devaneios
Divido uma taça de vinho com a noite
meu corpo repousa aquecido pelo sangue que fervia em momentos de extase
Em meu repouso sem lápide, minhas pálpebras fechavam-se, indo de encontro aos devaneios..
Vi seus lábios beijarem a lua e eu desejava beijá-la também...
Minhas mãos tocavam seus cabelos e meus lábios apertavam com maciez os seus
O vinho toca doce em minha língua
E acordada nesta noite
Sei que foram apenas devaneios
Devaneios que sempre me encontram na noite de minha mente inquieta
No escurecer de meus olhos abertos
Nas palavras que murmuram meus lábios fechados...Assim que levantei-me de meu breve repouso mortal... Pude vê-la vestindo prata, iluminando o céu ainda negro.
O frio era intenso e passava por mim, serpenteando meu corpo desprotegido...É quando existe distância que podemos estar mais próximos
Na distância, nesse espaço corrosivo de tempo, permaneço em minha sedutora escuridão
Podendo desvendar-me por inteiro
Sem luzes a ofuscarem meus olhos
Somente sua imagem a perfurá-los
Enchendo-os com toda sua poesia
Para depois novamente... deixar-me só... entre as rosas lúgubres de meus únicos sonhos!
...

A noite tem um perfume suave, como a suavidade que tem as poesias no céu...A chuva cai em doces pingos
E as árvores ficam mais verdes com as gotas que deslizam em suas folhas,
Mas não tão verdes como os olhos que vislumbro em algumas noitesou que observam-me nos sonhos...Me levando para o meu mundo obscuro
E lá permanecendo comigo entre as rosas...

Uma doce paixão..vermelho sangue




A noite esta fria e silenciosa
As palavras me fogem... Gostaria de beber vinho até o sono vir e me levar...Algo prende meu peito, e não são sonhos nem imagens
É como se a mão horrenda de um demônio tentasse arrancar meu coração...... e nelas, ele continuasse a pulsar.
...

Minha própria sombra me perseguia na estrada deserta
O frio cortava minha face como as lâminas afiadas e sedutoras de Alucard...O céu estava tão brilhante nesta noite, sua cor pertencia a um azul escuro como o azul do mais revoltoso oceano.
Via suas mão lívidas e macias me guiando o caminho...Sua voz doce lamuriando e aquecento meus desejos
Ansiava que no final da rua seus lábios estivessem me aguardando..Encontrei-me, então... no abismo de um pesadêlo...sem você!

....

Percorri a calçada contornada por arbustos
Toquei com as pontas dos dedos, suas folhas pequenas e umedecidas pelo ar que sopra a noite.
Imaginei aqueles olhos... Negros e brilhantes - como o céu chamuscado de estrelas que me cobria.
Aqueles olhos estavam em toda parte,em toda imagem que reflete sentimentoEu os viae me via neles...Me encontrando cada vez mais, Perdida.

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