sábado, 29 de dezembro de 2012

Devaneio crepuscular.

Ao som da chuva, como se fosse a última canção a soar no universo... o limiar da noite e dos sonhos. Você tem sido a poesia dos meus dias, das minhas horas, o mais íntimo e sutil envolvimento. O dia trouxe uma suave lembrança do inverno, provocando doce desejo de apreciar um filme, um banco de praça. Há uma linha tênue entre o dia e a noite. Uma camada fina como o respirar entre nossos corpos que se esvai quando nossos lábios se tocam. O deslizar de nossas línguas me traz a lembrança do encontro da lua e do sol em uma mistura de cores que despia o dia para cobrir a noite. Ouço a chuva suave como o canto dos anjos... a noite agora é presença e saudade. As ruas guardam versos de verão. O tempo é mais que inspiração, é fonte e lago. Um ciclo invisível.Há poucas coisas que se pode ter certeza, mas há certezas que são mais que coisas. O sentimento por si só, é. Isa.

É você.

O tempo, as horas, a poesia... a vida. O sol nasce e deita a lua brilha e adormece. As multidões dançam na calçada da vida. ...Em meio a inúmeros sons, cheiros, gostos e amplitudes há um sentimento que permanece, que inebria e preenche... Que é ar e é chama braços que prendem com ternura. ...Em meio ao calor que ferve o asfalto ...ou uma tempestade que fará deslizar água nas ruas ...em meio a este silêncio na casa ou a sinfonia da cidade... - Sabes que imagem guardo e tenho? - Sabes qual é minha calma e refúgio? É você. É seu sorriso imenso de amor É seu olhar que retorna É você com os cabelos sobre a face a pele clara como a verdade ... Meu mais ardente querer. - ISA.