terça-feira, 16 de março de 2010

Perfume... A história de um assassino.



O vento traz meus cabelos aos olhos

Apenas uma fresta dos meus olhos negros mergulham na noite

...os cabelos cobrindo a face, bagunçados... sinto seu perfume.

...Ouço aquelas canções

Canções que marcaram um tempo gelado e distante... o tempo da menina que não se sentia exausta em se perder...

... Ao mesmo momento um tempo que foi cálido... por permitir que sua mente se elevasse a devanear tórrida e enlouquecidamente

Dilacerava-me como o despedaçar sensual das pétalas de uma rosa vermelha atirada ao vento...

E mesmo assim persistia...

Anseava...

Sentia uma sede insaciável de ter o fervor de seu sangue próximo de mim.

Noites sombrias... me prostrava sobre as palavras que me traziam o vapor

O vapor fino de lembranças que não existem

Criação doentia... dançava em minha mente como o fantasma da ópera.

Com seu vermelho me aprisionastes naquele tempo

Um manto a envolver

A desvendar a sede, a fome o desejo ardente de mais e mais... de mim.

Escrevo impulsivamente o que me incide

Inconsequente com a razão

Dando vôo ao sentir, sentido ao que não existe.

Passado, presente... tempo... quem pode ou o que pode definir?

Sentir, o pulso... pulsar...

Essa sou eu, perdida nas linhas do tempo remoto... a garota que sempre se calava...

A garota que sempre escreve sem se preocupar com repercurções e reflexos

Leve a sério somente nesse segundo de leitura... sinto de maneira tão inconstante...

Palavras o que pode significar para cada um?

Deixo os sentidos me guiarem...

E nesse breve momento... voltei as noites de céu sombrio... nuvens escuras

As noites tristes que também amo.

Isa.

***

obs: o texto não tem ligação com o filme... apenas são divagações minhas.

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