terça-feira, 30 de março de 2010

Alone... (music: offer Nissim feat Maya)


Posso ficar aqui contempando a lua por infinitas horas
As nuvens se movimentam a sua volta como uma espécie de mágica...
Uma luz dourada se misturando com seu prateado... inebriante
Estática, absorvo... não há palavras que possam descrever as sensações dos sentidos... ou o que guardo nos olhos... Seria incrível poder transportar tudo... mas cada visão é única...
Sinta... intenso e preciso
Me sinto inquieta a sua espera
As horas passam por mim
A noite me atormenta com imagens...
Tudo parece fora do real... essas sensações...
Se perder para encontrar...
Perguntas me vem... me levam... como se respostas não importassem
Apenas o desejo íntimo...
...e presente de querer você.
***
Isa.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Come Cover Me - NigthWish (tradução)


Venha Me Cobrir


Venha molhar os olhos de uma viúva
a noite com o seu amor,
Secar a chuva do meu rosto molhado,
Beber o vinho, o doce e vermelho gosto de mim...
Venha me cobrir com você
Pela emoção até que você me leve pra dentro,
Venha me confortar em você,
Amor jovem deve viver o dobro apenas para nós..


Para mim,


Para você,


O tempo devora a beleza de uma paixão,

Comigo,


Com você,

Em guerra por amor à você,
(Esta noite qualquer sonho vai se realizar)
Não um mundo, mas a sua bela graça,
Sedução no mundo do sonâmbulo,
Novembro vestido de Maio em seu rosto,
Segurando-nos agora a mão do semeador de amor...


Venha me cobrir...


**

Amo essa canção...

sexta-feira, 26 de março de 2010

Em tons negros...





A lua insinua-se para a chuva suave

Imagino seus cabelos... negros e densos misturados a noite

O vento carrega as folhas

É como se levasse um pouco de mim...

A cada movimento do céu... um novo respirar se abre

Por vezes uma neblina cinza se instala... como nas montanhas distantes... pousa em mim

Como um cobertor a envolver...

O vento das manhãs... aquele que vem dos contornos do mar... a sopra para longe

Deixando que uma linha púrpura e tênue... como um olhar que ainda não tocou meus olhos... possa se aproximar

A chuva se intensifica nas luzes ...

Deixo a noite me silenciar agora.

Isa.


quarta-feira, 24 de março de 2010

O inverno repousa em mim...


O vento soa forte, empurrando as nuvens como se fosse arrancá-las da noite...
A canção soa doce e sedutora... envolvendo cada célula de meu corpo
A noite me tem
Sinto o inverno chegando, sente esse ar doce?
Dos poemas lançados na palidez do papel
Dos desejos vivenciados no obscuro insano, no limiar dos pensamentos
O toque na pele... as listras das pontas dos dedos sentindo com todo seu calor
Podemos sentir frio... caminhar cabisbaixos pelas ruas...
Mas o céu está lá ... a noite como uma chama íntima nos aquece, envolve... incita
Nos fechamos... refletimos, relembramos... mas antes de tudo... sentimos.
No sonho posso ter? Figuras do imaginário... aquela pintura surreal que nós mesmos pincelamos... com o delinear dos desejos mais insaciáveis.
Os ponteiros... aquele som perturbador das horas passando
Da inércia... Por isso não durma...
Ficaremos acordados essa noite
Vejo seus olhos na escuridão que me chama
As mãos frias a me dominar
Com uma face de anjo... me confundes na sua escuridão
Aquele jardim esquecido que me deixas vislumbrar... breve e distante, está em você?
Posso senti-lo solitário em mim como tudo o que ficou...
Marcas... Como páginas de livros que guardam pétalas secas... pétalas onde repousaram promessas de amor... Aquelas tidas apenas nos cenários Shakesperiano... ou no mundo criado por sonhadores como eu em seus momentos inquietos sobre a existência humana.
Liberte-se, solte-se menina...
Sorriso tímido de mulher,
Que dança escondida de todos... pelos muros mais inalcansáveis... Muros em que seus dragões alçam vôo... onde seus demônios são libertos...
Lábios de vinho tinto... a beijar a noite como seda.
Durma sobre as palavras...
Leva para lápide tudo o que sente.
***

Isa

***


Apocalyptica e vinho tinto.


***
Foto by Marcela

terça-feira, 16 de março de 2010

Perfume...

" Na altura em que a casa de Giuseppe Baldini se afundou, Grenouille ia a caminho de Orleães. Deixara para trás a atmosfera de vapores que pairava sobre a grande cidade e, a cada passo que mais o afastava dela, o ar que o rodeava tornava-se mais claro, mais puro e mais lavado. Como que se diluía. A cada metro percorrido, deixara de existir aquela perseguição de centenas, de milhares de odores diferentes, que mudavam a uma velocidade louca; os poucos odores existentes - o odor da estrada arenosa, dos prados, da terra, das plantas, da água - pairavam, contrariamente, em longas fitas sobre a paisagem, aumentando devagar e diminuindo ao mesmo ritmo, praticamente sem uma interrupção brusca.Para Grenouille essa simplicidade assumia foros de libertação. Aqueles odores calmos provocavam-lhe uma sensação agradável nas narinas. Pela primeira ve na sua vida, não se via obrigado a cheirar, a cada fôlego, algo de novo, de inesperado de hostil, ou de perder qualquer coisa agradável. Pela primeira ve era-lhe dada a oportunidade de respirar quase à vontade sem ter, incessantemente e ao mesmo tempo, o olfacto atento. Dizemos «quase» porque, como é óbvio, nada passava pelo nariz de Grenouille de uma forma verdadeiramente livre. Mesmo quando não existia o mínimo motivo para tal, havia sempre nele uma certa reserva instintiva ligada a tudo o que lhe chegava do exterior e pretendia entrar no seu íntimo. Ao longo da sua vida, mesmos nos raros momentos em que conhecera reminiscências de satisfação, de contentamento..."

Fragmento de Perfume, do autor alemão : PATRICK SÜSKIND, livro publicado em 1985, o qual deu origem ao filme.

Perfume... A história de um assassino.



O vento traz meus cabelos aos olhos

Apenas uma fresta dos meus olhos negros mergulham na noite

...os cabelos cobrindo a face, bagunçados... sinto seu perfume.

...Ouço aquelas canções

Canções que marcaram um tempo gelado e distante... o tempo da menina que não se sentia exausta em se perder...

... Ao mesmo momento um tempo que foi cálido... por permitir que sua mente se elevasse a devanear tórrida e enlouquecidamente

Dilacerava-me como o despedaçar sensual das pétalas de uma rosa vermelha atirada ao vento...

E mesmo assim persistia...

Anseava...

Sentia uma sede insaciável de ter o fervor de seu sangue próximo de mim.

Noites sombrias... me prostrava sobre as palavras que me traziam o vapor

O vapor fino de lembranças que não existem

Criação doentia... dançava em minha mente como o fantasma da ópera.

Com seu vermelho me aprisionastes naquele tempo

Um manto a envolver

A desvendar a sede, a fome o desejo ardente de mais e mais... de mim.

Escrevo impulsivamente o que me incide

Inconsequente com a razão

Dando vôo ao sentir, sentido ao que não existe.

Passado, presente... tempo... quem pode ou o que pode definir?

Sentir, o pulso... pulsar...

Essa sou eu, perdida nas linhas do tempo remoto... a garota que sempre se calava...

A garota que sempre escreve sem se preocupar com repercurções e reflexos

Leve a sério somente nesse segundo de leitura... sinto de maneira tão inconstante...

Palavras o que pode significar para cada um?

Deixo os sentidos me guiarem...

E nesse breve momento... voltei as noites de céu sombrio... nuvens escuras

As noites tristes que também amo.

Isa.

***

obs: o texto não tem ligação com o filme... apenas são divagações minhas.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Love Well Tear us Apart... (Joy D.)


Uma fina faixa dourada do sol atravessa cortando as nuvens que bronzeiam o céu
A paisagem cinza, silenciosa, inerte... é tão fraca em movimentar-se quando estou próxima apenas de sua ausência.
A ausência ardente que sinto de sua pele alva
A ausência mórbida... que sinto de ter os lábios seus.
O frio me invade, aquele frio doce e puro que traz o inverno
mesmo estando quente ele não resiste ao inverno que se faz em mim.
Saudade da intensidade do verde de seus olhos nos meus.
Das suas mãos nas minhas... entregues na noite.
Do seu perfume inebriando meu ar.
Do seu sorriso como luz única.
O tempo dilacera meu coração em saudade...


Isa.